24 de abr. de 2012

DEPOIMENTO SOBRE A AAMUR

Bom dia amigos,

Hoje é um dia muito importante para todos nós e especialmente para mim: É o dia da fundação da AAMUR.

Para entender esse “especialmente para mim”, vamos voltar um pouquinho no tempo.

Desde que eu me entendo por gente, ouço falar em revoluções por toda parte. Revolução disso, revolta daquilo, e por aí vai. E sempre acompanhei, desde criança na TV, o resultado dessas revoluções. Muitas brigas, muito suor, muito sangue e pouco resultado. Desculpem-me os revolucionistas, mas é pouco resultado sim. Prova disso são as constantes manifestações pelo mesmo motivo. Baseado em minhas percepções, nunca fui muito simpatizante dessas revoluções e sempre pensei que poderíamos fazer alguma coisa sim, mas sem levantar as bandeiras para bater.


Ainda em relação ao “pouco resultado”, me refiro aos problemas que se repetem e que as revoluções não conseguiram resolver ou acharam que foi resolvido. Provo isso mostrando os índices crescentes de corrupção em nosso país, a falta de saneamento básico, a justiça inoperante, a educação ineficaz, o sistema de saúde precário, a má distribuição de terras e renda, o analfabetismo, etc.

Por isso que sempre vi essas revoluções da seguinte forma: o povo achando que manda e os políticos fingindo que obedecem. Tipo aquela história do pão e circo.

Quem teve a oportunidade de conhecer a história de Mahatma Gandhi pode ver um homem fazendo umas das maiores revoluções da história recente desse planeta usando apenas suas ideias. Sem lutas, sem gritos, sem agressões.

Outra coisa que me deixa longe dessas revoluções é o envolvimento com a política. Sempre estão ligados e sempre existe o “partido de oposição” por trás dela. Aliás, oposição é uma coisa interessante, é um termo bonito para denominar quem perdeu a eleição.

Política pra mim é uma incubadora de corruptos e apesar daquela história de que devemos usar o voto como arma, eu nunca conheci um alvo decente para atirar o meu.

Aí você deve se perguntar: se eu não apoio revoluções e nem gosto de política, como eu quero mudar meu futuro? Então eu te respondo que aí surgiu a proposta AAMUR na minha vida.

Aceitei e fiquei honrado com o convite para participar da AAMUR porque vi nela uma revolução nos moldes de Gandhi: usando o cérebro, a caneta e nossos direitos como armas. E também por não ter envolvimento com nenhum partido político e isso foi determinante para a minha aceitação.

Então, voltando ao assunto, o dia de hoje é muito importante porque hoje começamos a escrever os futuros capítulos da história de nossa cidade e é especial para mim porque parte dessa história será escrita com a minha caligrafia. Pegue sua caneta e venha ajudar a escrever essa história você também. Mas venha com disposição, pois o trabalho é árduo mas será muito gratificante quando conseguirmos fazer daqui um lugar descente para nossos filhos e netos.

Paulo Roberto de Oliveira