Bom dia amigos,
Hoje é um dia muito importante para
todos nós e especialmente para mim: É o dia da fundação da AAMUR.
Para entender esse “especialmente
para mim”, vamos voltar um pouquinho no tempo.
Desde que eu me entendo por
gente, ouço falar em revoluções por toda parte. Revolução disso, revolta
daquilo, e por aí vai. E sempre acompanhei, desde criança na TV, o resultado
dessas revoluções. Muitas brigas, muito suor, muito sangue e pouco resultado. Desculpem-me
os revolucionistas, mas é pouco resultado sim. Prova disso são as constantes
manifestações pelo mesmo motivo. Baseado em minhas percepções, nunca fui muito
simpatizante dessas revoluções e sempre pensei que poderíamos fazer alguma
coisa sim, mas sem levantar as bandeiras para bater.
Ainda em relação ao “pouco
resultado”, me refiro aos problemas que se repetem e que as revoluções não
conseguiram resolver ou acharam que foi resolvido. Provo isso mostrando os
índices crescentes de corrupção em nosso país, a falta de saneamento básico, a
justiça inoperante, a educação ineficaz, o sistema de saúde precário, a má
distribuição de terras e renda, o analfabetismo, etc.
Por isso que sempre vi essas
revoluções da seguinte forma: o povo achando que manda e os políticos fingindo
que obedecem. Tipo aquela história do pão e circo.
Quem teve a oportunidade de
conhecer a história de Mahatma Gandhi pode ver um homem fazendo umas das
maiores revoluções da história recente desse planeta usando apenas suas ideias.
Sem lutas, sem gritos, sem agressões.
Outra coisa que me deixa longe
dessas revoluções é o envolvimento com a política. Sempre estão ligados e sempre
existe o “partido de oposição” por trás dela. Aliás, oposição é uma coisa
interessante, é um termo bonito para denominar quem perdeu a eleição.
Política pra mim é uma incubadora
de corruptos e apesar daquela história de que devemos usar o voto como arma, eu
nunca conheci um alvo decente para atirar o meu.
Aí você deve se perguntar: se eu
não apoio revoluções e nem gosto de política, como eu quero mudar meu futuro? Então
eu te respondo que aí surgiu a proposta AAMUR na minha vida.
Aceitei e fiquei honrado com o
convite para participar da AAMUR porque vi nela uma revolução nos moldes de
Gandhi: usando o cérebro, a caneta e nossos direitos como armas. E também por
não ter envolvimento com nenhum partido político e isso foi determinante para a
minha aceitação.
Então, voltando ao assunto, o dia
de hoje é muito importante porque hoje começamos a escrever os futuros
capítulos da história de nossa cidade e é especial para mim porque parte dessa
história será escrita com a minha caligrafia. Pegue sua caneta e venha ajudar a
escrever essa história você também. Mas venha com disposição, pois o trabalho é
árduo mas será muito gratificante quando conseguirmos fazer daqui um lugar
descente para nossos filhos e netos.
Paulo Roberto de Oliveira