29 de mai. de 2013

EDUCAÇÃO: DINHEIRO NÃO É A SOLUÇÃO

A Comissão do Senado aprovou 100% dos royalties do pré-sal para educação. Mas dinheiro não é a solução, porque o problema é de planejamento e gestão, não somente na educação, mas em todas as áreas da administração pública! E a solução me parece simples; basta seguir os conselhos que Moisés recebeu do sogro dele (Êxodo 18,20-22):

Escolha entre o povo homens capazes e tementes a Deus, que sejam seguros e inimigos do suborno. Ensine a eles os estatutos e as leis; faça que eles conheçam o caminho a seguir e as ações que devem praticar. Estabeleça-os como chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez. Eles administrarão regularmente a justiça para o povo: os assuntos graves, eles trarão a você; os assuntos simples, eles próprios resolverão.


TRADUZINDO
“Homens capazes”; “tementes a Deus”, “seguros”; “inimigos do suborno” – não precisa dizer mais nada!
“Ensine a eles os estatutos e as leis” – Estatuto da Cidade, Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei de Responsabilidade Fiscal, etc.
“Conheçam o caminho” – mostre-lhes as estratégias que devem ser seguidas para atingir os objetivos que constam do planejamento (Plano Diretor, PPA, LDO, LOA, etc.).
“Estabeleça-os como chefes” – obviamente, depois de proceder a uma revisão da estrutura organizacional.
“Os assuntos simples eles próprios resolverão” – delegue funções aos subordinados, mas, antes, não se esqueça de selecionar “colaboradores capazes e tementes a Deus, que sejam seguros e inimigos do suborno”!.
“Os assuntos graves eles trarão a você” – preocupe-se com o controle dos resultados; para isso existem computadores e Sistemas de Informações Gerenciais.

MAS ONDE ESTÁ O ERRO?
Está no “tementes a Deus”. Os homens, principalmente os que administram as coisas públicas, não acreditam mais em céu e inferno. Eles estão corretos! E a maioria não acredita em reencarnação: Lei de Causa e Efeito.
Em outras palavras, como escreveu São Paulo (Romanos 1,28-31), “os homens desprezaram o conhecimento de Deus; por isso, Deus os abandonou ao sabor de uma mente incapaz de julgar. Desse modo, eles fazem o que não deveriam fazer: estão cheios de todo tipo de injustiça...".

Mas é claro que São Paulo não estava falando do Deus de barba branca que, sentado lá no céu, premia e castiga. Referia-se ao “Espírito que sonda todas as coisas, até mesmo as profundidades de Deus, e que conhece a fundo a vida íntima do homem”. (1 Cor 2,10-11).