22 de abr. de 2012

O NÃO À CORRUPÇÃO

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"Antes disso, as práticas de corrupção não eram indecorosas e, no período colonial, eram muito comuns. Como não havia dinheiro público para, por exemplo, construir uma cadeia, uma pessoa rica cedia um espaço para construção da cadeia, que, aliás, vinha junto com a Câmara (cadeia e a câmara nas cidades antigas eram um prédio só; nas cidades históricas de Minas Gerais dá para notar isso). Então, quando a pessoa cedia um espaço para isso, é óbvio que ela esperava ser tratada de uma maneira um pouco melhor. Esperava ser um membro da Câmara, mas jamais hóspede da cadeia.”

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“Para a sociedade tomar uma iniciativa, requer uma mudança grande, requer mobilização. As pessoas precisam se juntar e lutar. E isso não é tão simples. (Por exemplo, fundação da AAMUR). O pior é o fato de que as pessoas engolem. A sociedade brasileira tem pouca iniciativa no sentido de defender seus próprios direitos.”
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“Há preconceito e dificuldade em aceitar que uma pessoa seja civilizada e vote num partido que não seja o seu. Isso tudo faz com que o próprio debate sobre a corrupção fique instrumentalizado pela discussão partidária. E o triste nisso é que tem gente que é contra a corrupção do outro, mas aceita a corrupção do seu próprio lado. Esta será abafada.”