24 de set. de 2012

CONSELHOS MUNICIPAIS


A criação de conselhos de políticas públicas foi instituída na Constituição Federal de 1988, que marcou o fim do autoritarismo no Brasil.

Os conselhos de desenvolvimento urbano são órgãos colegiados, com representação tanto do governo como de diversos setores da sociedade civil; são parte integrante do Poder Executivo, MAS INDEPENDENTE DELE. O conselho é o órgão em que a sociedade civil participa do planejamento e da gestão cotidiana da cidade.


Os conselhos são órgãos que se baseiam na ideia de “coletivo”, e não de “indivíduos”. Nos conselhos, opiniões distintas e de diferentes grupos de interesse se colocam. Os conselheiros são representantes da sociedade civil e de órgãos governamentais ligados às áreas de atuação de cada conselho (COMUPLAN, Saúde, Meio Ambiente, Segurança, etc.). Um conselho, de modo geral, assume funções de controle, consulta, deliberação, fiscalização, proposição, gestão, normatização ou execução.

Os conselhos de desenvolvimento urbano (as conferências de política urbana, os debates, consultas e audiências públicas) podem romper com o histórico de relações perversas e clientelistas entre o Legislativo (e Executivo) e os segmentos populares. Ou seja, as barganhas, as negociatas, as trocas de votos pela chegada de infraestrutura nos bairros, enfim, o conjunto de relações populistas, que mantém as populações como reféns e em estado de precariedade eterna, conservando as elites políticas no poder.

FONTE
ESTATUTO DA CIDADE: guia para implementação pelos municípios e cidadãos. Câmara dos Deputados, p. 193-4. Disponível em: https://docs.google.com/file/d/0ByblPHalbhFeNWFseC1yZ1hDeDA/edit