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Para surpresa dos mais de dois mil prefeitos presentes no evento, o Governo Federal manteve sua posição, demonstrando indiferença com a atual situação das cidades brasileiras...”
Escrevi várias vezes, que, algum dia, isso iria acontecer, porque um país que, em 2011, devia R$ 2,6 trilhões e pagou, em média, R$ 12,8 bilhões
de juros por mês – aproximadamente R$ 5 mil POR SEGUNDO -- não teria condições de sustentar eternamente administrações municipais incompetentes e, muitas vezes, corruptas.
A notícia abaixo do Estadão (14/11) reforça também esse entendimento:
“Centenas de milhares de trabalhadores, estudantes e desempregados europeus tomaram as ruas de centenas de cidades na Espanha, Portugal, Itália, Grécia e Bélgica nesta quarta-feira, em uma jornada de protestos contra a crise econômica e as medidas de austeridade tomadas pelos governos.”
Minha esperança é que a indiferença da união para com a crise dos municípios brasileiros faça os prefeitos entenderem que a fonte está secando e, desse modo, refletirem sobre a importância de mudar radicalmente a forma de se administrarem as cidades, ou seja, sair do modelo ultrapassado dos tempos de nossos avós para a gestão democrática e participativa inaugurada pela Lei nº 10.257/01 – Estatuto da Cidade. E, também, com toda a transparência prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal – LC nº 101/00.